Cuidados ao financiar a compra de automóveis

Cuidados ao financiar a compra de automóveis

 

Os empréstimos para aquisição de veículos vão bem, obrigado. Segundo uma pesquisa da Associação Nacional das Empresas de Montadoras (Anef), os financiamentos foram de R$ 158,2 bilhões em janeiro, um crescimento de quase 14% em relação ao mesmo mês de 2009.

Desse total, R$ 95,8 bilhões são por meio de crédito direto ao consumidor e R$ 64,2 bilhões são em contratos de arrendamento mercantil, o famoso leasing. O prazo dos empréstimos também aumentou: segundo ao Anef, o período médio dos empréstimos cresceu de 40 para 42 meses.

Mais e mais brasileiros estão comprando seu primeiro veículo graças ao crédito automobilístico. No entanto, é preciso tomar alguns cuidados na hora de contratar o financiamento.

O primeiro deles é com o prazo. Veículos se depreciam – isto é, perdem valor – com o tempo. Assim, se você fizer um financiamento muito longo, de 48 ou 60 meses, ao fim do período o carro pode estar valendo menos que o saldo a pagar. Se for preciso vendê-lo para pagar a dívida, você pode acabar a pé e ainda no vermelho.

Além disso, quanto mais longa a dívida, maior a fatia dos juros. Nos financiamentos de 48 ou 60 meses o valor total pago pode superar o dobro do preço do carro zero.

O segundo cuidado é com o valor da prestação. A regra básica é nunca assumir uma dívida cujas parcelas sejam superiores a 30% do seu salário. Valores maiores podem levar à inadimplência.

Finalmente, exija que todas as tarifas sejam demonstradas claramente. Os juros de 0,99% anunciados frequentemente são calculados sem tarifas de cadastro (que foram proibidas por lei, mas ainda são cobradas se o consumidor não reclamar), tarifas de verificação de saldo, tarifas para emissão dos boletos de pagamento, entre outros. Um estudo da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) mostra que muitas vezes o comprador do carro paga tarifas e comissões sem ser informado do que está pagando, por isso atenção.