Seguro residencial de verão: contra chuva e roubo

Seguro residencial de verão: contra chuva e roubo

 
Denyse Godoy
O brasileiro não costuma contratar seguros para resguardar a sua casa, mas nos últimos anos a demanda por esse tipo de proteção vem subindo e apresenta picos quando o verão se aproxima.

Nesta época do ano, as coberturas mais solicitadas são contra chuva e roubo.

No caso dos fenômenos naturais, geralmente podem ser ressarcidos danos causados por vendaval, furacão, ciclone, tornado e granizo. Os prejuízos a instalações elétricas e aparelhos domésticos provocados por curto-circuito, variação da tensão e queda de raio também são passíveis de indenização. 

Já os produtos que contemplam enchentes e alagamentos têm algumas restrições. Não são comercializados em determinadas regiões muito propensas ao problema, por exemplo, pois nessas partes gerariam perdas consideráveis para as companhias seguradoras. E, em áreas que freqüentemente registram tempestades, como algumas regiões do Estado de Santa Catarina, os preços das apólices estão subindo.

Quem mais teme furtos e roubos são os proprietários de imóveis em zonas litorâneas, os quais vêem crescer bastante a movimentação de pessoas na vizinhança durante as festas de Natal e Ano Novo e as férias de janeiro, e os turistas que viajam para outras cidades com a família por longos períodos agora, deixando os imóveis sozinhos.

“Normalmente, o morador faz um levantamento dos equipamentos e eletrodomésticos que possui e podem ser facilmente carregados por um ladrão, como televisores, máquinas fotográficas, computadores, e aí estipula o valor da indenização que precisaria receber”, ensina Leonardo Cury, da Zampieri Corretores. “Porém, sempre se deve guardar as notas fiscais de todos os itens a fim de comprovar a posse, caso aconteça um furto.”

Além de compensações no caso de sinistro, as apólices residenciais também oferecem uma vasta gama de serviços de assistência ao cliente para resolver pequenos problemas domésticos do dia a dia: colocam à disposição encanador, eletricista, chaveiro e outros prestadores sem nenhum custo extra. É uma maneira de tentar popularizar o próprio seguro.

A melhora da economia, dos salários e do nível de emprego no país nos últimos anos também explica o aumento do interesse –podendo comprar a sua casa própria e equipá-la com TV de tela plana, um belo home theater e o que mais sonhar, o brasileiro deseja cuidar melhor do patrimônio conquistado.

“Cresceu a conscientização a respeito da importância dessa proteção. E, neste momento, são os jovens, os recém-casados que a buscam”, diz Rafael Rodrigues, superintendente de produtos patrimoniais da Allianz Seguros. ”Até porque percebeu-se que o custo não é tão elevado como se imaginava.”

Por uma apólice com cobertura média cobra-se a partir de R$ 150 por ano na cidade de São Paulo, valor que pode ser parcelado em até quatro vezes. Existem, nos bancos e corretoras, pacotes fechados, que definem previamente os valores das indenizações e dos prêmios de forma que não seja necessário fazer uma avaliação minuciosa dos bens que o cliente tem. Por esse motivo, é recomendável analisar com cuidado se a apólice realmente atende às necessidades da casa e quais são as suas condições.

O seguro sempre começa a vigorar às 24h do dia em que o contrato é assinado, sem carências.

 

Denyse Godoy é jornalista formada pela USP (Universidade de São Paulo) com pós-graduação em finanças e administração de empresas. Cobriu economia na “Folha de S.Paulo”, da qual também foi correspondente em Nova York, dirigiu a sucursal paulista da Agência Leia, voltada ao mercado de capitais, e colaborou com diversas publicações especializadas, como o jornal “Valor Econômico”.

Fonte:IG